quarta-feira, 20 de novembro de 2013

França reverte desvantagem e carimba passaporte para o Mundial.

A situação francesa para o duelo de volta era complicadíssima, porque precisava reverter os 2 a 0 sofrido no primeiro jogo, em Kyev. E com o Stade de France lotado, um palco que a equipe cresce e vai para cima dos adversários. A França jogou melhor, foi intensa e conseguiu vencer por 3-0, despachando a Ucrânia e garantido a vaga no mundial do Brasil.

O técnico francês Didier Deschamps após a péssima atuação no 1º jogo - resolveu com razão - mudar algumas peças do time. Então, sacou Nasri e Rémy, dando oportunidade de sair jogando para Valbuena e Cabaye respectivamente. E deu certo, porque ambos entraram bem, além dos demais jogadores, também estarem em outra sintonia, como o caso de Ribéry, que desfilou sua grande qualidade técnica.

Mesmo com a França estabelecendo uma forte pressão, a Ucrânia se comportava bem, porque sabia escapar para o ataque. Mas, no momento em que os franceses fecharam o cerco, os ucranianos não conseguiram mais sair, e logo aos 22 minutos o zagueiro Sakho fez o primeiro. Estava aberto a porteira, pouco tempo depois, Benzema fez o segundo, mas o bandeirinha erradamente assinalou posição irregular. Logo em seguida, agora completamente adiantado, Benzema marcou e o mesmo bandeira não marcou nada. Uma espécie de justificar um erro com o outro, o que é completamente errado.

Os franceses mantiveram a intensidade pelos 45 minutos iniciais, e como já tinham igualado o placar agregado, poderiam trabalhar com mais calma. E já no começo da etapa final, Khacheridi recebeu o segundo cartão amarelo e consequentemente o vermelho. Era tudo que a França queria, pois agora, os espaços para trabalhar a bola seriam maiores.

Os ucranianos sentiram demais o baque dos dois gols e da expulsão, porém se mantiveram vivos no confronto. Saíam para o ataque, conseguiam jogadas bem trabalhadas e perigosas, apesar de faltar material humano de qualidade na frente. A defesa foi ficando exposta, com o passar do tempo, mesmo com os donos da casa, perdendo a intensidade gradativamente, as oportunidades apareciam. Com isso, a França era quem mais queria evitar a prorrogação. E já na reta final, Ribéry chutou e o atacante Gusev que entrou para decidir na frente desviou a bola contra o próprio patrimônio.

O desespero do torcedor francês se manteve até o apito final, porque um gol classificaria a seleção da Ucrânia. E logo, todos lembraram o confronto com a Bulgária, em 1993. Mas, o filme não se repetiu e pela primeira vez na história da repescagem europeia uma seleção reverte uma vantagem igual ou superior a dois gols.