quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Flamengo "deita e rola", e chega a sua sexta final de Copa do Brasil.

Antes mesmo das duas partidas da semifinal da Copa do Brasil, Walter, atacante do Goiás, disse que iria deitar e rolar em cima do Flamengo. Entretanto, o artilheiro não entrou em campo devido a uma lesão na coxa, e acabou vendo seu time eliminado, pela equipe rubro negra, que nos dois confrontos foi superior e chega com méritos à final. Essa vitória de 2-1 credencia o clube da Gávea a sua sexta final do torneio, que já saiu vitorioso nos anos de 1990 e 2006.

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O Goiás foi até o Maracanã, precisando de uma vitória de no mínimo com dois gols de diferença, ou seja, 2 a 0 era o suficiente para levar os goianos a decisão. A tarefa não seria nada fácil, por inúmeros fatores: como jogar contra o Flamengo em um estádio lotado, não contar com peças importantes de seu elenco, como o meio campo Hugo e o atacante Walter, por exemplo. Tudo que a equipe precisava então, era de um gol o mais rápido possível, para no caso, tentar ganhar pelo lado emocional. 

Esse tão desejado gol aconteceu com aproximadamente 5 minutos, com o atacante Eduardo Sasha, de cabeça. Naquele momento, o jogo poderia ficar a feitio do Goiás, pensando na pressão que os jogadores do Fla iriam sentir, mesmo tendo a vantagem ainda do confronto, porém não poderiam mais errar. Só que aconteceu ao contrário, os esmeraldinos recuaram, para tentar buscar o segundo gol através de um contragolpe e os mandantes foram para cima.

Os visitantes tinham um meio de campo bem marcador, jogando tipicamente com três volantes, e todos eles não possuíam muita velocidade. O jogador que tinha essa incumbência de impor um ritmo veloz para o ataque no lado do Goiás era o lateral direito Vitor. Mas, espertamente o treinador Jayme de Almeida colocou André Santos e Paulinho bem avançados naquele setor do campo. Impedindo o máximo do Vitor subir e ainda o forçando a trabalhar na marcação, o que acabou desgastando-o fisicamente.

Outros aspectos que foram somando "pontos" para o Flamengo, e fazendo a equipe dominar o adversário, foi o setor de meio de campo. Os cariocas conseguiam exercer uma boa marcação com Amaral e Luiz Antônio, e o Elias mais livre e solto para sair jogando. E o principal, chegar como elemento-surpresa na frente. Prova disso, que foi dele a jogada para o bonito gol de Hernane e minutos mais tarde, arriscou um petardo de fora da área, que foi indefensável para o arqueiro Renan. A bola entrou de forma espetacular no véu da noiva! 

Estava ali consolidada a virada rubro negra e a supremacia no confronto. O Goiás vendo que estava por um triz, buscava sair para o ataque, mas não tinha mobilidade alguma. Para o segundo tempo, a equipe voltou mais ofensiva e o Flamengo menos marcador. Porém, os goianos não tinham muita variação de jogadas, eram sempre passes longos para os atacantes, que tiveram boas oportunidades, cara à cara com Paulo Victor, mas não aproveitaram.

O urubu passou tinha a seu favor, a arma do contra-ataque, que poderia ter sido melhor usada, caso Carlos Eduardo tivesse uma participação digna no jogo. Outro que esteve longe do ideal foi o Paulinho, que ainda assim, poderia ter aumentado o placar, após uma assistência de Hernane, mas arrematou com certa displicência. Por falar no Brocador, que teve um papel importante nesse jogo, porque não somente jogou dentro da área como estamos acostumados a ver. Ele se movimentou, buscou tabelas e como disse, serviu de "garçom".

O Goiás sentiu demais a falta de seu grande jogador nessas semifinais. Até porque ele foi um dos principais responsáveis pelo time ter chegado ali, apesar do folclórico que o envolve, Walter é indiscutivelmente um ótimo jogador. O que ele falou foi legal, promoveu o jogo, não achei em nenhum momento desrespeitoso com a torcida e muito menos com o Flamengo. Que por sua vez, os jogadores responderam também de forma legal, rolando pelo gramado. O futebol brasileiro precisa de mais pessoas assim, está tudo muito robótico.

O Flamengo chegou até a final, por totais méritos e por contar com uma torcida maravilhosa ao seu lado. Torcida não entra em campo, mas motiva os jogadores. O time do Fla é relativamente fraco, mas é um grupo de jogadores com uma vontade bem acima da média, e com alguns talentosos, caso do Elias. Nessa final contra o Atlético Paranaense, principalmente pelo segundo jogo ser no Maracanã, se tivesse que apostar em um favorito, eu citaria o rubro negro carioca.