Em cinco rodadas da La Liga, o Barcelona conquistou sua quinta vitória, com mais uma goelada, dessa vez um 4-0 sobre o Rayo Vallecano, em Madrid. Os catalães vêm fazendo os resultados, mas indo diretamente contra a filosofia imposta no clube, principalmente durante a temporada 2008/2009. O técnico Tata Martino vem mudando radicalmente a postura da equipe, que pela primeira vez nos últimos 5 anos, teve menos posse de bola que um adversário, que lutará para se manter na elite do futebol espanhol.
O Rayo começou a partida explorando a maior fraqueza do Barcelona: a bola aérea. Logo nos minutos iniciais, Victor Valdes foi obrigado a trabalhar. Do outro lado, Messi respondeu, quase fazendo um golaço. Bom, vou começar a falar agora, sobre esse "novo" Barcelona, que ao contrário da era Guardiola e até mesmo a de Tito Villanova, o time fazia questão de ficar com a bola, controlar o adversário e o jogo. Mostrando sempre calma e tranquilidade para definir as partidas.
Agora, o treinador argentino vem mudando isso, o Barça pouco faz questão das trocas intermináveis de passe, em contrapartida, busca definir a jogada o mais rápido possível. Com isso, aparece situações antes jamais pensadas, com por exemplo, os zagueiros dando "lançamentos" para os atacantes, o goleiro batendo tiro de meta com chutes para frente. Isso, na época de Pep, não acontecia de jeito nenhum.
Outro ponto que me desagrada muito, e a pouca mobilidade que os jogadores têm dentro do esquema tático. Parece que estamos assistindo um jogo de vídeo game, no qual os bonecos nunca saem de suas respectivas posições. Por contar com jogadores do calibre de Messi, Neymar e Pedro no ataque, a flutuação de cada um deles, seria importantíssima para confundir a marcação. Acaba se tornando um time previsível, o que se tratando de Barcelona, não é o que queremos ver. Ou pelo menos, não estamos acostumados a vermos, pois fomos contemplados com o melhor e o espetáculo desse time. Então, a cada mudança que não embeleze o jogo, a crítica não será nada boa.
O confronto de hoje (21), também não foi de se jogar fora, houve jogadas de velocidade e bons lampejos. O grande destaque foi sem dúvida o Pedro, que marcou três vezes, o último gol ficou por conta de Fábregás. A maioria dos tentos foram oriundos de saídas erradas do adversário, no qual, o Barcelona permitiu que jogasse. Deu campo e espaço, se fosse um oponente mais qualificado, a situação poderia ter sido outra. O placar elástico cria uma ilusão, esse Barcelona atual não me encanta!
Na 6ª rodada, o Barcelona pega a Real Sociedade, no Camp Nou. Enquanto o Rayo joga com o Sevilla, fora de casa.
