quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Flamengo joga com inteligência, vence e encaminha vaga para final.

No primeiro confronto das semifinais da Copa do Brasil, o Flamengo viajou até Goiana, para enfrentar o Goiás. Os mandantes vivem um momento bom, mas não contavam com seu principal jogador, o atacante Walter, que fez muita falta. Sem ter nada a ver com isso, os cariocas jogaram com inteligência, sabendo se defender e atacar nos momentos certos, e saíram do Serra Dourada com um triunfo de 2-1.

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A partida começou sendo muito estudada por ambas as equipe, mesmo atuando dentro de casa e com o apoio maior de sua torcida, o Goiás não partiu para o típico abafa inicial. Pelo contrário, quem iniciou com mais presença no campo de ataque foi o Flamengo. Que foi a campo com o esquema tático 4-3-3, com Paulinho aberto na esquerda e Carlos Eduardo na direita.

O problema encontrado pelo rubro negro era a boa marcação que Paulinho vinha sofrendo do lateral direito do Goiás, o camisa 2 Vitor. Ele soube tirar os espaços do flamenguista e ainda havia uma sobra, para que caso o Paulinho passasse, tivesse alguém pronto para desarma-lo. Ele procurava o jogo, mas não encontrava um parceiro para construir tabelas, isso porque André Santos estava mais concentrado em marcar.

Na outra ponta, Carlos Eduardo buscava interagir na partida com velocidade, tinha mais espaços, entretanto não produzia lances efetivos. O gol saiu, quando André Santos subiu e tabelou com Paulinho, que fez o que quis com a defesa esmeraldina e abriu o placar. Já na parte central do campo, Hernane não é pivô e muito menos jogador "garçon", ele é para ficar dentro da área e finalizar. Tanto que dos seus 31 gols na temporada, 30 foram de dentro da área.

Com o revés dentro de casa, e precisando jogar bola, o Goiás passou a avançar a marcação e finalmente a incomodar o Flamengo. As melhores opções estavam sendo feitas pelo setor direito, no qual Vitor atuava. Achei que Hugo e Davi ficaram um pouco a quem durante todo o confronto. Na verdade, tiveram alguns lampejos, mas pelo que eles vêm produzindo, ficaram abaixo. Quem aparecia bem no ataque, era o Júnio Viçosa, que se movimentava bastante.

Ausência do Walter foi sentida, porque além de ele fazer seus gols, abre espaços também para os outros jogadores, com passes precisos. Ainda, assim, o empate apareceu com Vitor chutando rasteiro. Era o momento do Goiás pressionar e tentar a virada, porém, já próximo ao intervalo, Chicão de falta, recolocou o Flamengo na frente.

Para o segundo tempo, a ausência do "gordinho" foi mais sentida ainda, porque mesmo com as alterações feitas por Enderson Moreira, nada surtia efeito. Isso devido ao fato do Flamengo usar a inteligência e os jogadores estavam se posicionando bem, não dando espaços e evitando arremates de longa distância. Então, apesar de ter a posse de bola, nada os goianos criavam. Os melhores lances surgiram de uma finalização de Paulo, e uma outra oportunidade em que Welinton reclamou de pênalti. De fato, houve, mas a jogada estava completamente encoberta para a visão do árbitro.

Achei num ponto, que o Jayme errou, foi de não ter posto Rafinha o Nixon com mais antecedência na partida. Principalmente quando o Paulinho saiu lesionado, um desses jogadores teria agregado bastante nos contra-ataques, mais até que o Gabriel. Tirando isso, o Fla jogou melhor, os jogadores executaram bem a tática proposta pelo treinador e levam agora uma vantagem considerável para o Maracanã.

Paulinho o nome dá vitória do Flamengo.

Quando se trata de Flamengo, e principalmente, quando fala que tem um "gordinho" pelo caminho, é difícil cravarmos algo. É só voltarmos no tempo, mais precisamente na Copa Libertadores de 2008, quando o Fla venceu o América no México por 4-2 e aqui no Maraca perdeu por 3-0, com um show do também gordinho Cabañas. Walter disse que volta, independente de sua condição física, vamos ver se ele apronta. Será preciso no mínimo, dois gols para os esmeraldinos. No meu ponto de vista, o urubu já passou!