Desde que chegou no Vasco da Gama em 2009, oriundo do Volta Redonda, o defensor Dedé criou uma projeção muito grande. Se tornou o "mito" para os torcedores cruzmaltinos e mais, conseguiu convocações frequentes para a Seleção Brasileira. E com essa valorização e as dívidas do clube carioca, uma negociação acabou sendo eminente, e ao invés de ir para Europa um caminho natural, aterrizou em Minas Gerais para vestir a camisa do Cruzeiro.
O zagueiro chegou ao Vasco em um momento delicado da equipe, que jogava a Série B naquela ocasião. E com isso, acabou jogando pouquíssimo, foram apenas 5 partidas durante todo o ano. O que quase o tirou do clube, mas em 2010, começou a nascer o "mito" da colina, com excelentes atuações, Dedé foi se firmando como titular.
Em 2011, foi sem dúvida o melhor ano da carreira do atleta, porque ele formou no primeiro semestre do ano, uma dupla de zaga muito sólida com Anderson Martins. Isso resultou ao Vasco o título da Copa do Brasil, e mais na frente, com Dedé sendo o xerife da zaga carioca, o time conquistou o vice-campeonato brasileiro, além de um semifinal da Sul-Americana. Nessas duas últimas competições, Dedé ficou marcado por atos heroicos, como abandonar a defesa e ir resolver o jogo no ataque. Particularmente, discordo um pouco dessa afobação, que o técnico do Cruzeiro Marcelo Oliveira vem acertadamente "cortando".
A partir de 2011, o defensor passou a ser convocado para defender o Brasil. Em nenhum momento conseguiu se firmar como titular, até porque a dupla Thiago Silva e David Luiz estão num patamar a cima. Entretanto, sempre brigou para ser um dos dois reservas.
E esse ano de 2013, ele estava nos planos de Luiz Felipe Scolari para a Copa das Confederações, porém, o imbróglio que deu na sua transferência do Vasco para o Cruzeiro, o deixou sem jogar por um tempo. O que acabou tirando-lhe as possibilidades de ser convocado. Abrindo espaços para o rival atleticano Réver.
Na equipe do Cruzeiro, Dedé ainda não repetiu as excelentes atuações que mostrava com a camisa vascaína, vem mantendo atuações medianas, não correspondendo aos 14 milhões de reais gastos. Acho que é uma questão de adaptação, e todos sabem da qualidade técnica do jogador. A torcida pegou bastante no pé dele, por causa da falha no jogo de ida da Copa do Brasil contra o Flamengo, o que acabou comprometendo a classificação mineira.
Voltando a falar da Seleção, a quarta vaga na defesa para o Mundial de 2014 ainda está aberta, isso porque Réver não teve oportunidades para mostrar que era o dono da posição. Felipão já testou o zagueiro Henrique, e caso Dedé volte a "mitar", tem tudo para agarrar essa oportunidade. Agora, depende de melhorar o nível de suas atuações, o que já vem ocorrendo nos últimos jogos do líder do Campeonato Brasileiro.
