quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O plano individual do Brasil contra Portugal, foi melhor que o coletivo.

Após vencer a Austrália demonstrando um bom jogo coletivo, nessa terça-feira (10), diante de Portugal em Boston, já achei o contrário. A seleção brasileira contou muito mais com o plano individual, principalmente, de Neymar, que foi autor de um lindo gol e uma assistência, na vitória por 3-1. Ainda assim, num contexto geral, o Brasil foi bem, conseguiu dominar durante 80% do jogo os lusitanos e fez por merecer o placar positivo.

Felipão mandou o Brasil a campo, com a mesma disponibilidade tática do jogo anterior, o esquema 4-3-3, que variava para o 4-2-3-1 também. Entre os onze jogadores, apenas o lateral esquerdo Marcelo não jogou, devido a lesão sofrida, em seu lugar atuou Maxwell. 

Durante o primeiro tempo a partida foi muito pegada e violenta, em especial, nos 20 primeiros minutos. O brasileiro Neymar foi o grande alvo dos zagueiros portugueses, principalmente, de Pepe e Bruno Alves. E fora isso, dentro de campo não havia uma equipe predominante sobre a outra, o Brasil buscava a iniciativa do jogo, mas não estava mostrando uma organização para atacar. Os homens de frente encontravam-se muito distantes uns dos outros, além de utilizar pouco o setor esquerdo de ataque.

Já Portugal ficava na sua, esperando os bons momentos para atacar os canarinhos. O técnico Paulo Bento usou o esquema 4-2-3-1, com apenas Nélson Oliveira na frente. O meio de campo possuía jogadores de grande categoria, como Nani, Moutinho, Meireles e Vierinha, e eles estava aproveitando os espaços cedidos pelo sistema defensivo brasileiro e criando oportunidades, até que Maicon recuou errado para Julio Cesar, e Meireles abriu o placar.

O selecionado brasileiro sentiu um pouco, entretanto, Neymar queria jogo e nem mesmo as pancadas conseguiam o parar. Até que 8 minutos depois, o camisa 10 bateu o escanteio com extrema perfeição e Thiago Silva empatou o cotejo. Nesse momento, o Brasil começou a crescer e a controlar os portugueses. Mesmo, não ocorrendo as tabelas que vimos no sábado (07), por exemplo. Só que Neymar queria jogo, e ainda na primeira etapa, marcou um golaço, passando como queria entre os defensores lusitanos.


Antes do intervalo, Portugal teve uma grande oportunidade com Nani de cabeça. Já no Brasil, Jô, Bernard e Paulinho perderam excelentes chances, praticamente de dentro do gol. Mas, com apenas cinco minutos da segunda etapa, o artilheiro Jô mais uma vez balançou as redes, após receber passe preciso de Maxwell. 

Nessa altura, com o jogo 3 a 1, tudo já estava basicamente resolvido, porque Portugal não demonstrava forças para diminuir e muito menos empatar. O duelo então caiu em um grande marasmo, pois os brasileiros começaram a ser poupar e ficaram esperando o adversário. Foi o momento em que Felipão buscou alternativas no banco de reservas e testou alguns jogadores, além de disponibilidades táticas. A melhor amostra disso, foi a entrada de Hernanes e Oscar, que formaram dois meias de criação, e mais tarde, Henrique entrou no lugar de Paulinho, desempenhando a função de volante/líbero. 

Como eu já disse, em um contexto geral o Brasil foi bem, mas a individualidade foi determinante para o resultado, ou seja, a genialidade de Neymar.