O jogo foi emocionante, a torcida na maioria do tempo jogou com o time, mas analisando friamente a seleção brasileira, a partida não foi nada positiva. A comissão técnica ao fim da vitória por 2-1 sobre o Uruguai, em Belo Horizonte, ficou pulando e comemorando como se fosse um título mundial. No meu ponto de vista, querendo tirar o foco da fraquíssima exibição da equipe, que foi mal em todos os setores. Penso que Felipão tem que estar feliz, precisa resolver os problemas que citarei no decorrer do texto.
Diferente das outras partida dessa Copa das Confederações, o Brasil não conseguiu fazer aquela forte pressão inicial. Isso porque o técnico uruguaio Óscar Tabárez arramou bem sua seleção, povoando bastante o meio de campo e esperando no setor defensivo os brasileiros. Indo para o ataque somente em jogadas objetivas.
Deu muito certo essa forma de jogar da Celeste Olímpica, pois os canarinhos não funcionaram na criação de jogadas. Seguiam comentando os mesmo erros, como a compactação dos homens de meio de campo e ataque, além de chutões para frente dos zagueiros David Luiz e Thiago Silva. Outro fator, é o sumiço de Oscar do campo. Incrível como ele aceita passivelmente a marcação. Nas pontas, Neymar e Hulk prendiam demais a bola, não digo que é só questão de serem "fominhas", muita vezes, não tinham opção de passes.
Enquanto o Brasil tinha praticamente 70% de posse de bola, o Uruguai com seus trinta porcento foi mais perigoso. Inclusive, com Forlán perdendo uma cobrança de pênalti, ele telegrafou demais o chute, mas vale destacar também a intervenção de Júlio César. Gostaria de falar, da irresponsabilidade de David Luiz ao cometer penalidade em Lugano, completamente infantil e desnecessário.
Foi um 1º tempo de fraquíssimo nível técnico, especialmente dos brasileiros que tinham a responsabilidade de atacar, mas não conseguiam. Para se ter um noção, que mais deu passes no time, foram Luiz Gustavo e Davi Luiz, ambos jogadores de marcação. Mesmo assim, em um lampejo de Paulinho, Neymar e Fred, o primeiro gol brasileiro aconteceu com o atacante do Fluminense, mais uma vez mostrando oportunismo.
O gol saiu já próximo ao fim da etapa inicial, quando voltaram para o segundo tempo, os uruguaios fizeram uma intensa pressão no campo de ataque. Que se refletiu no empate da Celeste, porque o capitão Thiago Silva cometeu um erro de juvenil. Pois quando deveria afastar o perigo, ele simplesmente colocou o Marcelo na "fogueira", que foi desarmado por Cavani, autor do tento.
O jogo no Mineirão ganhou um grande ar de sofrimento. Os uruguaios estavam postados em campo, de maneira muito mais correta, sabendo marcar e atacar o Brasil. Um prova disso, é o atacante Cavani que voltava marcando o lateral esquerdo Marcelo e, levou diversas vezes a melhor. Enquanto que os brasileiros não sabiam o que fazer em campo. Felipão acertou em colocar Bernard e Hernanes nos lugares de Hulk e Oscar respectivamente.
As alterações, não compactou o time, porém deu sangue novo e mais velocidade, como o caso do Bernard. Pois eram sempre jogadas em profundidades que terminavam com bolas alçadas. E através de um escanteio, a zaga uruguaia mostrou completo desconhecimento de Paulinho que subiu livre e deu a vaga na final para a seleção da CBF.
Agora, o Brasil espera o vencedor de Espanha e Itália que duelam nessa quinta-feira. Como todos esperam, e eu também acredito, acho que o adversário será mesmo os espanhóis. E para vencer, precisará corrigir esses erros apresentados nessa semifinal, porque caso contrário, teremos um "maracanazo".