Assim como na Copa do Mundo de 1950, os caminhos de Espanha e Uruguai voltaram a se cruzar em uma competição em solo brasileiro. Naquele torneio, o resultado entre as seleções foi 2-2, e esse foi o primeiro encontro de ambas as equipes e até hoje, a celeste-olímpica não sabe o que é vencer a fúria.
Indo para a análise da partida, que começou de forma um tanto que curiosa: a torcida brasileira presente na Arena Pernambuco estava "torcendo" para os uruguaios, ou então, anti-espanhóis, porque sabem que atualmente, é a seleção a ser batida e principal candidata ao título da competição.
Dentro de campo, a Espanha foi a campo no mesmo 4-3-3 de sempre, e da maneira mais correta, no meu ponto de vista, com um homem de referência, o Soldado. Quando Fábregas atua como esse falso 9, ele não rende o suficiente e fica bastante apagado, nessa partida, caindo pelos lados, Cesc apareceu frequentemente e teve liberdade para se movimentar.
A troca de passes da Fúria chegou a ser constrangedora para os uruguaios, que não viam a cor da bola. E com calma e paciência para achar o melhor companheiro posicionado, as oportunidades de gols foram aparecendo. E Pedro que estava bem na partida foi o autor da inauguração do placar. O lado esquerdo da Espanha estava muito forte com Pedro, Alba e Iniesta, eram passes rápidos e jogadas extremamente velozes.
Falando em passes velozes, cada jogador espanhol ficava cerva de 3 segundos com a posse de bola. Isso é fato comprovado! Enquanto a Espanha mostrava todo o seu futebol encantador, os uruguaios estavam perdidos e não sabiam o que fazer. Com a desvantagem no placar, resolveram adiantar a marcação, porém, acabavam abrindo espaços. O setor de criação foi completamente inutilizado, com isso, Cavani e Suáres foram esquecidos dentro de campo.
Ainda no primeiro tempo, o atacante Soldado marcou o segundo para a Espanha. Estava ali decretada a vitória, mas havia ainda todo o segundo tempo pela frente e, foi de completa administrações dos atuais campeões do mundo. Só que vendo que não tinha nada a perder e o relógio se aproximava do fim da partida, Óscar Tábarez técnico do Uruguai começou a botar a equipe para frente. A entrada de Fórlan que foi muito pedida pelos torcedores não rendeu muito, entretanto, serviu para dar um gás a celeste. E Suáres de cobrança de falta diminuiu já no fim, e deu uma emoção ao confronto, que rapidamente foi tranquilizado pelos espanhóis. Que com certeza, conquistaram o torcedor brasileiro e pernambucano.
Na 2 ª rodada do Grupo B, a Espanha joga contra o Taiti, no Maracanã. Já o Uruguai enfrenta a Nigéria, na Fonte Nova.
