terça-feira, 11 de junho de 2013

A Europa é do Bayern de Munique.

Da temporada 2008/2009 para cá, o Barcelona vinha sendo o grande time e a potência do futebol europeu. Quando não foi campeão, os catalães foram eliminados por Internazionale e Chelsea, que vieram a vencer as edições. Entretanto, o Barça jogou mais, só que parou em super-defesas montadas nas ocasiões. Nessa última edição, o Bayern de Munique atropelou o espanhóis no placar agregado de 7-0 e na final, derrotou o Borussia Dortmund, na primeira final Alemã da história da UEFA Champions League. Mostrando que agora, a Europa é Bávara, é do Bayern de Munique.


Trajetória do título:

A história do quinto título europeu do Bayern começou no Grupo F, que tinha com adversários o Valência, Bate Borisov e o Lille. O ponta pé inicial foi contra os espanhóis do Valência, em Munique, e os bávaros venceram por 2-1. Na segunda rodada, a equipe tropeçou na Bielorrússia, diante do Bate, perdendo aquela partida por 3-1.

O sinal de alerta foi ligado no clube alemão, que nos dois jogos seguintes, não deu sopa para o azar e triturou o Lille, da França. Primeiro um vitória em solo francês por 1-0 e depois, uma goleada por 6-1, na Allianz Arena. Naquela altura do torneio, faltando duas partidas para o encerramento da chave, o Bayern divida a liderança com o Valência somando 9 pontos cada. E o empate em 1-1 entre as equipes no confronto direto, na Espanha, levou ambos já classificados para a última rodada. No qual clube da Baviera garantiu a primeira posição com um 4-1 sobre o Bate Borisov, descontando a derrota no 1º turno.

Com o término da fase de Grupos, o sorteio revelaria quem seria o próximo adversário do Bayern de Munique. Haviam grandes clubes que ficaram em segundo e poderiam ser sorteados, como o caso de Real Madrid, Milan e Arsenal. E foi exatamente esse último citado, que duelou por uma vaga nas quartas de final, com os alemães. No primeiro jogo, em Londres, foi um passeio do time de Munique, que venceu pelo placar de 3-1. Na volta, acho que os jogadores bávaros relaxaram, e por pouco não perderam a vaga com a derrota sofrida de 2-0. O Bayern de Munique só avançou, por causa do gols feitos fora de casa.

Nas quartas de final, mais uma "pedreira" para o Bayern, dessa vez, a Juventus que havia eliminado o  Chelsea, campeão europeu da temporada 2011/2012. Foi no primeiro jogo em Munique, que começou a aparecer o destaque dessa campanha vitoriosa, o holandês Robben. Que era reserva, mas com a lesão de Tony Kroos, assumiu a titularidade e foi peça fundamental, na vitória por 2-0 no 1º jogo e na partida de volta, no qual o placar se repetiu, em Turim.

Para voltar a final da Champions League, era preciso derrotar o todo poderoso Barcelona de Messi. E não foi uma simples vitória, em que o clube mudou seu estilo de jogar. Pelo contrário, se impôs tanto na Alemanha, quanto no Camp Nou e arrasou com os catalães, por 4-0 e 3-0 respectivamente. De forma clara, estava escrito que a Europa tinha um novo dono.

E isso, seria coroado com o título, que marcou apoteose do futebol alemão, aonde jamais havia colocado dois clubes na final europeia. O Dortmund vem sendo um oponente complicado para o Bayern derrotar, mas para acabar com todos os fantasmas da temporada passada, no qual foi vice duas vezes para o Borussia, além de perder a final da Champions para o Chelsea. A redenção veio com um triunfo de 2-1, em Wembley. Novamente, com Robben decidindo e apagando a suas falhas nas decisões passada.

Time base: Neuer; Lahm, Dante, Boateng e Alaba; Javi Martínez, Schweinsteiger e Müller; Robben, Mandzukic e Ribéry. Esquema: 4-3-3 Técnico: Jupp Heynckes.

Artilheiro: Thomaz Müller 8 gols.
Destaque: Robben foi cara que mais apareceu na reta final e mostrou que queria ajudar, principalmente, para apagar um passado recente de "amarelão", no qual foi rotulado. E conseguiu, decidiu jogos, com gols, assistências e as vezes apenas abrindo caminho para um companheiro. 

Opinião:

Todos no Bayern de Munique souberam tirar as lições que aquela final perdida dentro de casa promoveu. Foi muito complicado para todos, a desilusão no pós-jogo de Schweinsteiger era o retrato do time e de todos os torcedores. Porém, ao contrário de 99,9% do clubes em todo o mundo que fariam aquela típica reformulação, isso não aconteceu. Chegaram jogadores que agregaram e a experiência das derrotas deu um grande amadurecimento a todos, fazendo com que o título europeu dessa temporada fosse um alvo que não poderia ser escapado. E não foi. Foram campeões com soberania e competência, mereceram demais a taça. Anotem, nos próximo anos, vem mais conquistas bávara por ai.

Estatística:

Número de Jogos (125), Números de Gols (365) e Média de Gols (2,94).
Vitórias de mandantes (58), Vitórias de visitantes (40) e Empates (27).

Melhor Ataque: Bayern de Munique (31 gols)
Pior Ataque: Dinamo Zagreb (01 gol)

Melhor Defesa: Benfica (05 gols)
Pior Defesa: Nordsjaelland (22 gols)

Mais Vitórias: Bayern de Munique (10)
Menos Vitórias: Dinamo Zagreb (00)

Mais Empates: Málaga (04)
Menos Empates: Bate Borisov (00)

Mais Derrotas: Dinamo Zagreb (05)
Menos Derrotas: Schalke (01)

Mais jogos sem perder: Borussia Dortmund (11)
Mais jogos sem ganhar: Manchester City, Nordsjaelland, Montpellier e Dinamo Zagreb (06)

Maiores goleadas: Chelsea 6-1 Nordsjaelland e Bayern de Munique 6-1 Lille

Artilheiro: Cristiano Ronaldo 12 gols ( Real Madrid )