Após se recuperar do escândalo de manipulação de resultados no meio da década passada, que chegou a levar a Juventus para a Série B, a Velha Senhora deu a volta por cima e conquistou o scudetto novamente em 2011/2012. E nessa temporada o bicampeonato foi confirmado mais uma vez de forma soberana, mostrando que é claramente o melhor elenco da Itália. Então, para os adeptos, diretores e jogadores, esse foi o trigésimo primeiro título, mas para a Federação Italiana de Futebol é o 29ª ainda.
Trajetória do título:
A Juventus foi campeã invicta na temporada passada, então, estreou no torneio 2012/2013 buscando manter essa marca. O início de competição foi animador e logo de largada foram quatro vitórias, destaque maior para a goleada sobre o bom time da Udinese, fora de casa por 4-1. A Juve não conseguia disparar na frente, porque o Napoli estava sempre acompanhando de perto, tanto que na 5ª rodada, os napolitanos tomaram a primeira posição dos juventinos.
Essa perda da liderança foi devido ao empate de 0-0 com a Fiorentina, em Florença. Já da 6ª rodada até a décima, foram mais cinco triunfo seguidos, sendo um deles, uma passeio na Roma por 4-1, em Turim. Essa ótima sequência que marcou um bom início de competição, foi interrompida pela derrota em casa contra a Internazionale, por 3-1. O resultado negativo foi dolorido, pois acabou com uma invencibilidade de 49 partidas no Calcio. Sendo que a última derrota, havia ocorrido na temporada 2010/2011, para o Parma.
Para muitos aquela derrota abalaria os jogadores, que iriam acabar perdendo o foco de ser novamente campeões. Estavam todos enganados, porque o time era bom e na rodada seguinte, aplicou uma surra de 6-1 no Pescara, fora de casa. Nas rodadas 13 e 14, a Juventus não sentiu o gosto dá vitória, foi um empate em 0-0 com a Lázio e uma derrota de 1-0 para o Milan. Com esse dois tropeços, o Napoli voltou a encostar e chegou a ter o mesmo número de pontos 30, mas a Velha Senhora levava vantagem no saldo de gols.
A derrota para o Milan e a possível perda da liderança para o Napoli, caiu bem sobre os pupilos de Antonio Conte, que reagiram de forma positiva e somaram mais 12 pontos seguidos. Sendo dois triunfos de 3-0 sobre o rival Torino e a Atalanta. Só que novamente um descuido, fez com que a equipe perdesse dentro de casa para a Sampdória por 2-1. Um resultado inesperado, pois a Samp brigava na parte de baixo da tabela.
Na primeira rodada do returno, a equipe seguiu sem vencer ao empatar em 1-1 com o Parma, fora de casa. E novamente o Napoli estava na cola, naquele momento, eram apenas três pontos de diferença, 45 contra 42. Nos quatro encontros seguintes da Juve, foram três vitórias sobre Udinese, Chievo e Fiorentina e um empate com o Genoa. Esse início de bons resultados, novamente foi parado com uma derrota, desse vez na capital para a Roma por 1-0, com um golaço de Totti.
A Juventus realmente tinha aquela "sorte de campeã", porque quando tropeçava e permitia a chegada do Napoli, o adversário não aproveitava. O momento em que o Napoli teve mais chances de evitar o Bicampeonato da Juve, foi no confronto direto entre as equipes, ocorrido no San Paolo, em Napoles, que terminou em 1-1. Dai em diante, a Juventus mostrou toda a sua soberania, tradição e porque é a gigante na Itália.
Foram computadas 9 vitórias seguidas, que ocorreram da 28ª até a 36ª rodada, sendo que na trigésima quinta veio a confirmação do título, com a vitória magra de 1-0 sobre o Palermo, na Arena Juventus. Festa total para comemorar mais um scudetto. Nos três jogos finais, foram uma vitória sobre a Atalanta por 1-0, empate com o Cagliari em 1-1 e mais uma derrota para a Sampdória, dessa vez por 3-2.
Time base: Buffon; Chiellini, Barzagli e Bonuci; Lichtsteiner, Pogba, Pirlo, Marchisio e Asamoah; Vucinic e Giovinco. Esquema 3-5-2 Técnico: Antonio Conte.
Artilheiro: Mirko Vucinic e Arturo Vidal 10 gols.
Destaque: O "cara" dessa campanha vitoriosa da Juventus foi o chileno Vidal, que mesmo sendo homem de meio de campo, teve muita personalidade no ataque e de seus 10 gols, 5 foram na reta final, mostrando ser muito importante e decisivo para o time.
Opinião:
A Juventus bobeou em alguns momentos no campeonato, mas sempre foi regular e tinha disparado o melhor time. O Napoli fez sombra em boa parte da competição, porém na hora de decidir os jogadores da Velha Senhora não sentiram o peso, e mostraram porque o clube é o maior campeão da Itália. Agora, é preciso se reforçar para poder voltar a brigar pelo título da UEFA Champions League, que por sinal, a equipe não conquista desde a temporada 1995/1996, está mais do que na hora de voltar a ganhar.
Estatísticas:
Número de Jogos (380), Números de gols (1003) e Média (2,64)
Vitórias de mandantes (177); Vitórias fora (107) e Empates (96)
Melhor Ataque: Napoli (73 gols)
Pior Ataque: Pescara (27 gols)
Melhor Defesa: Juventus (24 gols)
Pior Defesa: Pescara (84 gols)
Mais Vitórias: Juventus (27)
Menos Vitórias: Palermo (06)
Mais Empates: Torino (14)
Menos Empates: Pescara (04)
Mais Derrotas: Pescara (28)
Menos Derrotas: Juventus (05)
Mais jogos sem perder: Milan (14)
Mais jogos sem ganhar: Pescara (19)
Maiores goleadas: Sampdoria 6-0 Pescara e Lázio 6-0 Bologna
Artilheiro: Edinson Cavanni 29 gols ( Napoli )
