O Atlético Mineiro recebeu o Newell's Old Boys da Argentina, precisando reverter o placar de 2-0 sofrido na primeira partida da semifinal. Para isso, seria preciso o Galo jogar muita bola no Independência e contar com a torcida no "horto", para chegar à final. A tarefa foi complicadíssima, os Leprosos conseguiram administrar a partida por um bom tempo, mas o gol de Guilherme, os desequilibrou emocionalmente. Na disputa de pênaltis, mais uma vez a estrela de Victor apareceu e levou os atleticanos, a primeira decisão da Copa Libertadores.
Além da forte pressão feita no campo de ataque, outro fator que me chamou a atenção, foi o Cuca ter usado o Bernard como centroavante. Isso mesmo, porque Jô e Tardelli que possuem essa função estavam caindo pelas pontas, fazendo com que os zagueiros fossem juntos e com isso, o pequeno Bernard entrava livre e em velocidade. Dessa forma foi o gol e essa maneira de jogar, perdurou ainda por mais uns 20 minutos, até o volante Josué se aproveitou, entretanto não finalizou com sucesso.
Aos poucos, os Leprosos foram amarrando a partida e começaram então, a afastar o Atlético de seu campo de defesa. A saída de Heinze machucado, não foi tão sentida como eu esperava. E já próximo ao fim da primeira etapa, Victor foi obrigado a trabalhar em alguns finalizações de Maxi e Scocco. Ainda na 1ª etapa, os jogadores do Galo reclamaram de pênaltis, com mais veemência em uma dívida de Jô dentro da área. Sinceramente, não vi absolutamente nada, era incrível como os atletas brasileiros preferiam cair e reclamar, do que seguir na jogada e buscar o gol. Chegando ao ponto de ser irritante.
Para o segundo tempo, o NOB voltou bem melhor, porque tinha mais espaços e tocava muito bem a bola no campo de ataque. Souberam amarrar de vez a partida e ainda, gastavam o tempo na frente. Já os brasileiros por sua vez, não conseguiam mais confundir o sistema defensivo argentino, principalmente, pelo fato de não haver mais aproximação de jogadores. Além de Jô, Tardelli e Ronaldinho aceitarem passivamente as marcações.
O confronto estava ganhando ares de drama, pois o Galo não oferecia risco nenhum a Guzmán e ainda por cima, via Victor sendo ameaçado. Até que o apagão no estádio ajudou muito o técnico Cuca, que parece ter sido iluminado. Ele finalmente acordou e mudou o time, foi para o tudo ou nada, sacou Pierre e colocou Luan. E mais tarde, tirou os atacantes Bernard e Tardelli, para por Guilherme e Alecsandro. Era a sacudida que o time precisava, pois voltou a criar e a incomodar a defesa dos Leprosos.
O meia-atacante Guilherme e o ponta Luan, entraram mostrando uma vontade muito grande, Ronaldinho também voltou a ser mais participativo. Para coroar isso, Guilherme acertou um belo chute de fora da área, marcando o segundo e levando a decisão da vaga para os pênaltis. As duas primeiras cobranças de cada time foram acertadas, mas outras duas seguintes de Atlético e Newell's, foram chutadas para fora. Ronaldinho com toda tranquilidade do mundo colocou o Galo em vantagem. E como contra o Tijuana, Victor caiu no canto certo e pegou a cobrança de Maxi Rodriguez. Um feito histórico, que depois de 105 anos, o CAM disputa a sua primeira final de Copa Libertadores.
Dentro das quatro linhas, o Atlético Mineiro entra como favorito pela quantidade de jogadores que tem no seu elenco, que são capazes de decidir um jogo. Mas, sabemos que é final, e o Olimpia não chegou ali atoa. Além de ser também um excelente time, conta com toda a mística de sua camisa, que é três vezes campeã da América. Durante essa semana, farei uma postagem com a análise completa das duas equipes. Fiquem ligados!