quarta-feira, 2 de setembro de 2015

[COLUNA] Sem super-estrelas, New York Red Bulls mostra qualidade e se credencia ao título da MLS Cup

Wright-Phillps o principal 'matador' da equipe nas duas últimas temporadas
A pré-season do New York Red Bulls foi marcada por incertezas. A franquia havia acabado de perder seu principal jogador, o francês Thierry Henry, que se aposentou, e também o australiano Tim Cahill. Além do técnico Mike Petke, ex-jogador do NY, que deixou o comandando técnico. Somado a tudo isso, ainda existia a sombra de um novo rival na cidade: o New York City. Contudo, os 'Toros' vêm realizando até o momento uma temporada regular muito equilibrada e aparecerem como sérios candidatos a MLS Cup. 

Na temporada passada, ainda sob a liderança de Henry, o Red Bulls dependia muito do craque francês para almejar os seus objetivos. O jogador era responsável por criar e servir principalmente Bradley Wright-Phillps, que fez 27 gols na temporada regular, e também deixar os seus tentos. 

Classificado aos playoffs com a última vaga da Conferência Leste, a equipe desbancou o então campeão Sporting Kansas City, o DC United e parou na final da Conferência ao perder para o NE Revolution. Naquele momento um ciclo de encerrava e os momentos de incertezas surgiam. 

Sem Henry, o que seria de NYRB? O novo técnico, Jesse Marsch, de 41 anos, optou por trabalhar como nomes menos conhecido do cenário internacional, mas como boa regularidade dentro de campo. Atletas capazes de exercer bem as funções táticas propostas. 


Henry segue como ídolo do time
No gol, o goleiro Robles, que tinha altos e baixos em 2014, ganhou confiança nesta temporada e vem tendo uma excelente regularidade na meta nova-iorquina. Outra mudança defensiva foi em relação a primeira linha de quatro jogadores, que foi toda ela renovada. Perrinelle, Lawrence, Lade e Miazga, tornam o NY a defesa menos vazada da Liga ao lado do Vancouver Whitecaps, com 28 gols sofrido. 

O esquema 4-2-3-1 adotado por Mersch vem funcionando com muita consistência também. A aquisição do volante brasileiro Felipe Martins, que defendia o Montréal Impact, é para se destacar. O jogador se tornou peça-chave na construção do time. Ao seu lado, McCarty permaneceu no time de 2014 e aparece como espinha dorsal da equipe. 

Para o meio de campo e ataque, Klještan, Grella e Sam assumiram a responsabilidade de armar o time. Até então, vem dando certo. O revezamento e a movimentação entre as posições para dificultar a marcação e abrir os espaços são fundamentais para a criação de boas tramas ofensivas. E assim como na última temporada, Bradley Wright-Phillps comanda o ataque. Os números do britânicos são inferiores, apenas 13 gols. Em 34 partidas da temporada regular de 2014, o camisa 99 anotou 27 e mais quatro nos playoffs. Mas no entanto, existe atualmente uma participação maior nos gols de todo o restante do time. 

Felipe Martins
A equipe é boa, chama atenção e vem mostrando personalidade em clássicos - em especial contra o New York City e o DC United -, dificilmente ficará de fora da pós-temporada e está se credenciando nesta reta final como candidato ao título. Prova disso é que ao fim da semana 26 da MLS, o site oficial Liga (MLSsoccer.com) colocou a franquia na liderança de seu Power Ranking. 

Agora basta saber se a equipe terá maturidade nos playoffs para encarar batalhas complicadas e se qualificar para a disputa da MLS Cup, que acontece tradicionalmente no primeiro fim de semana de dezembro. O objetivo foi traçado: tentar conquistar a melhor campanha possível, para quem sabe decidir na Red Bull Arena o título nacional. O NY nunca conquistou a taça mais cobiçada do soccer nos Estados Unidos. O mais perto que a franquia chegou foi um vice-campeonato em 2008, sendo derrotada para o Columbus Crew. 

Atualmente o NYRB é o vice-líder da Conferência Leste, com 42 pontos e a dois do líder DC United. Entretanto, na média pontos por jogo, os nova-iorquinos lideram virtualmente com 1,68 contra 1,57.