Como disse após a goleada da semana passada do
Bayern de Munique, podíamos estar vivendo um começo de uma nova era do futebol
mundial. E nesse confronto de volta da semifinal da UEFA Champions League, isso
ficou mais claro. O Barcelona não teve Messi durante os 90 minutos, mesmo
assim, os bávaros dentro do Camp Nou foram superiores, colocando os até então
"melhores do mundo" na roda. A vitória por 3-0, tornou o placar
agregado em 7-0, e fez com que os espanhóis deixem essa semifinal sem marcar um
mísero gol. Basta apenas aplaudir a essa potência alemã!
Horas antes de começar o
cotejo na Catalunha, chegava à notícia de que Messi não iniciaria jogando. No
máximo, o argentino entraria na segunda etapa. Então, tudo já estava dizendo de
que a noite não seria boa para o clube espanhol.
Com a bola rolando, a
expectativa era que o Barcelona fosse com tudo para cima, por causa da margem
de gols que precisaria converter. Entretanto, não foi isso que ocorreu, o toque
de bola como se nada estivesse acontecendo foi o que marcou os minutos iniciais.
Parecia que estava tudo igual e uma simples vitória classificaria a equipe.
Enquanto isso, o Bayern tinha uma postura de marcação e mostravam-se preparados
para contra-atacar.
Até a metade dos
primeiros 45 minutos, o zagueiro Pique salvou o Barça por pelo menos três
vezes. Devido ao fato, dos homens de frente do Bayern, os pontas Robben e
Ribéry, além do centroavante Mandzukic, ficarem sempre mano-a-mano com a defesa
catalã. Que se expunha sempre, em busca da abertura do placar.
Então, como Barcelona não
chegava ao primeiro gol, os jogadores foram ficando ansiosos, e já não
valorizavam a tal posse de bola. Até mesmo Xavi e Iniesta cometiam erros
primários. A equipe não tinha profundidade e muito menos a infiltração que
Messi é acostumado a fazer. Faltou também, arriscar chutes de fora da área,
pois na única tentativa, Villa exigiu trabalho de Neuer.
Para o segundo tempo,
Messi não voltou e para piorar ainda mais a situação dos catalães, Robben marcou
para o Bayern de Munique. Naquele momento, dava para perceber a
"vaca" do Barça já tinha deitado. O jogo ficou a caráter dos bávaros,
que chegavam como queriam no ataque e não sofriam riscos alguns.
Tito Villanova que na
minha opinião, é muito conservado, deu um tiro no pé, no momento em que tirou
Xavi e Iniesta para por Sanchéz e Thiago respectivamente. Se já não tinha
Messi, ficar sem os outros dois craques do time, era abdicar de vez de lutar, entregando-se
como o lutador desnorteado após sequência de golpes na cabeça.
Virou questão de tempo,
para se concretizar mais uma goleada. Pique que vinha sendo de longe o destaque
do Barcelona na partida acabou marcando um gol contra. A imagem dele foi o
retrato da queda do Barça. Que quatro minutos depois, viu Müller coroar mais
uma atuação de gigante fechando a conta. Daí em diante, foi um baile alemão,
mostrando muito categoria e encantamento.
Não tem como contestar a
vaga do Bayern, que se comportou como melhor time durante os 180 minutos,
destruindo o Barcelona. O treinador Jupp Heynckes tem grandes méritos nisso. E
pela terceira vez em quatro anos, os bávaros chegam a final da UCL.

